Luang Prabang: super guia de viagem

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Sobre Luang Prabang

O principal destino turístico do Laos - pequeno país do Sudeste Asiático que faz fronteira com Tailândia, Camboja, China e Vietnã - é de encantar por toda a sua natureza e espiritualidade. Sem dúvidas foi um dos países mais especiais que já conheci, tanto que hoje é declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO!

Localizada numa península formada pelos rios Mekong e Nam Khan, a cidade está a cerca de 425 km da capital Vientiane. É uma cidade ótima para fazer caminhadas, conhecer templos, lindas cachoeiras, fazer massagem, experimentar pratos da culinária local e explorar os mercados diúrno e noturno.

Há também algumas atrações a poucos quilômetros do centro de Luang Prabang, como cachoeiras e vilas de elefantes, que você pode conhecer através de tuk tuks. Por conta da posição estratégica do ponto de vista turístico, vale a pena incluir o destino para quem estiver planejando uma viagem por essa região.

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Um pouco de história

Localizada no norte do Laos, a cidade já foi a capital de um reino próprio de mesmo nome, fundado em 1707. Ao longo de sua história, a monarquia foi obrigada a pagar tributos e se subordinar ao reino Birmanês. Depois de um ataque destrutivo por parte do exército de Black Flag, em 1887, o Reino escolheu aceitar a proteção francesa, integrando-se à Indochina Francesa, no qual continuou como um protetorado francês até pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial, quando passou a fazer parte do novo Reino do Laos.

Hoje em dia, o colonialismo francês ainda pode ser notado em muitos nomes e placas escritas em francês, além do estilo arquitetônico dos casarões, transformados em hotéis boutique e ótimos restaurantes de alta gastronomia, um pequeno palácio e 33 dos 66 templos budistas construídos originalmente. As principais atrações turísticas estão no chamado Old Quarter, o centro histórico da cidade, que é regido pela rua Th Sisavangvong

O que fazer

Aula de culinária: a culinária do Laos é bem surpreendente, principalmente para quem coloca todas as fichas na culinária tailandesa, de país vizinho. A aula de culinária te permite um passeio histórico - algumas incluem visita no mercado local para aprender sobre ingredientes, além de degustar novos sabores e, é claro, aprender receitas! 

Visitar comunidades locais: o Laos é um país multi étnico, onde o próprio povo é formado por apenas 60% da população. Os outros 40% são compostos por outros grupos étnicos, como os Hmong e outras tribos indígenas, que migraram do sul da China, ao longo dos séculos. Estes grupos, possuem idiomas próprios e habitam, sobretudo, as regiões montanhosas do país. Você pode marcar uma visita a um vilarejo destas comunidades que vivem a partir da renda dos artesanatos que produzem e vendem para os turistas. Ela pode ser feita no caminho da cachoeira Kuang Si ou subindo o rio em direção ao Pak Ou Caves.

Por do sol no Rio Mekong: tire uma tarde para se sentar em um dos restaurantes à beira do Rio Mekong enquanto assiste ao por do sol. É simplesmente maravilhoso, e foi, sem dúvidas, um dos momentos que mais marcaram minha viagem pelo Laos, e pelo Sudeste Asiático no geral. Algo simples e tão bonito. Nesses momentos o coração bate até mais forte!

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Massagens em spas: o que mais nos chama atenção é que os preços das massagens são super convidativos em Luang Prabang! Alguns hotéis até oferecem de graça a massagem laociana a seus hóspedes, mas você também encontra o serviço em diversos spas pelo centro da cidade. Ideal para fazer depois de um dia de passeio e caminhadas e se sentir renovado para o próximo dia de viagem! 

Wat Visuonnaradh ou Wisunalat: Luang Prabang tem mais de 30 templos budistas e entre eles está o Wat Wisunalat, o mais antigo em funcionamento existente na cidade. Erguido durante o reinado do Rei Visounnarath, entre 1512 e 1515, o local é um dos mais significativos para adoração e também para a realização de festividades da comunidade budista. Quem visita o Visoun, mal pode imaginar que no passado a construção foi atingida por um grave incêndio, evento que acabou comprometendo a bela estrutura de madeira entalhada que existia no local. Restaurado em 1898, no entanto, o templo guarda mais de 120 artefatos religiosos importantes - vários deles em seu prédio principal, onde está uma estátua gigante de Buda, além de várias outras menores, datadas do século XVI.

Wat Xieng Thong: é um dos templos mais importantes com estrutura construída em 1560, pelo Rei Setthathirat. Linda e bem conservada, ocupa uma área onde fica uma capela em estilo arquitetônico clássico, com belos mosaicos nas paredes do lado de fora. Além disso, no local há ainda uma capela fúnebre (próxima ao portão oriental), contendo uma impressionante carruagem de 12 metros de altura, com urnas destinadas para cada membro da família real. Para entrar no templo, o visitante deve estar vestido adequadamente; são proibidos shorts, saias acima do joelho, blusas sem manga ou decotadas.

Monte Phou Si: enfrentar os mais de 190 degraus até o topo do monte pode não ser fácil para quem não está acostumado, mas a vista da cidade lá de cima com certeza compensa qualquer cansaço. Uma subida em meio a muito verde e que exige fôlego (leve água para se hidratar). Uma dica para os que gostam de fotografar é visitar o local durante o pôr do sol que, apesar de bastante concorrido, é um verdadeiro show de imagens inesquecíveis do rio Mekong. Na rua Sisavangvong há uma escada que dá acesso ao local.

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Museu do Palácio Real e Wat Ho Pha Ban: não deixe de conhecer este belo palácio, erguido a mando do Rei Sisavangvong, em 1904. A construção abrigou a família real até a morte do monarca, em 1959. A partir daí, o trono foi assumido pelo filho do rei, que permaneceu no comando até pouco depois da revolução de 1975, quando toda a família foi exilada em cavernas no norte do país. No local, onde hoje funciona um interessante museu, estão expostos uma série de objetos religiosos e de arte, artefatos usados pela família real - os aposentos de reis/rainhas e príncipes -, além de várias esculturas budistas, entre elas o Pha Bang, o Buda de Ouro.

Night Market: é uma das atrações mais importantes de Luang Prabang, funcionando todos os dias das 17h às 22h na rua Sisavangvong (já viram que tudo acontece ali, né?). No famoso ponto turístico da cidade são vendidos muitos suvenires, roupas - como as famosas calças baggy -, acessórios, artesanato local, além de deliciosos petiscos e pratos da gastronomia local, em uma parte exclusivamente dedicada às delícias do país. Os preços das mercadorias costumam ser bons, mas pechinchar também é possível. Mesmo que você não tenha a intenção de comprar, vale a pena explorar a área da atração para conhecer mais da cultura e dos costumes do Laos.

Mercado diúrno: o dia começa muito cedo em Luang Prabang, antes mesmo dos primeiros raios de sol. E um dos pontos da cidade que costumam atrair muita gente, neste horário, é o vibrante Mercado Diurno, também na famosa Sisavangvong road. É grande a oferta de frutas frescas, verduras, carnes, além de ervas, especiarias e condimentos. É de lá que costumam sair os ingredientes frescos utilizados no preparo dos cafés da manhã servidos nos hotéis da cidade. Além disso, o Mercado Diurno acaba sendo uma opção de compra para aqueles que pretendem participar do Tak Bat, a cerimônia de oferta de alimento aos monges.

Ronda das almas: quando os monges deixam diariamente os templos pela manhã em busca de doações de habitantes locais, a caminhada acabou se tornando uma atração turística. Para assistir à cerimônia é preciso chegar bem cedo, antes dos primeiros raios de sol. Durante o ritual, o público também deve respeitar algumas regras, como fazer silêncio e manter certa distância dos monges, principalmente se a intenção é somente fotografar - e em hipótese alguma atrapalhar sua caminhada ou tocá-los. É preciso vestir-se respeitosamente (ombros, estômago e pernas cobertas) e só ofertar comidas extremamente frescas e de boa procedência - a exemplo do arroz "grudento" vendido no mercado local, todos os dias, bem cedinho.

Ponte de Bambu sobre o Rio Nam Kha: Luang Prabang fica no delta do Rio Mekong, sendo cortada por um de seus braços, o Rio Nan Kham, o que possibilita lindas vistas para suas águas. Para os mais aventureiros, que não se contentam em caminhar apreciando suas margens ou com um passeio de barco para ver o sol cair no Mekong, fica a boa notícia que não faltam opções de ecoturismo, sendo, ainda, possível descer o rio em um rafting na estação seca, já que após as monções as correntezas ficam perigosas. Inclusive, se você visitar a cidade durante a estação seca, não deixe de cruzar a peculiar Ponte de Bambu. A passagem alternativa ao estilo Indiana Jones é montada e desmontada a cada 6 meses por uma única família que controla e cobra seu “pedágio” há gerações. Vale a pena conferir, aproveitando para ir no delicioso restaurante que fica na outra margem, o Dyen Sabai, famoso pelo lao fundue.

Kuang Si Waterfall: Kuang Si é a cachoeira majestosa, parece de mentira de tão linda que é! Localizada a 40 minutos de carro da cidade, a melhor maneira de ir até lá é fechando com um tuk-tuk ou alugando uma moto. Mas se você preferir é possível fechar um tour e ainda parar em vilas comunitárias pelo caminho.

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Tad Sae Waterfall: o cenário é de uma beleza estonteante: água na cor azul-turquesa, caindo sobre rochas calcárias claras e, é claro, muito verde ao redor. A cachoeira, que é um dos principais pontos turísticos de Luang Prabang, é ideal para o nado, já que a água, apesar de um pouco fria, combina perfeitamente com o calor que faz na região, sem contar que acaba atraindo muita gente, também, devido a uma atração em especial: os elefantes. No local é possível passear com os animais, alimentá-los com bananas e até “nadar” na cachoeira - tudo isso por um custo, claro. Muitas agências de Luang Prabang oferecem pacotes completos com transporte até a cachoeira e a “interação” com os elefantes do local. Apesar de não ser tão suntuosa como a Kuang Si, suas pequenas cascatas cristalinas ficam bem menos lotadas e acabam, por isso, sendo melhor para banho. Localizada a 15 km da cidade, é possível ir até lá de bicicleta, moto ou tuk-tuk. Nós não fomos a essa cachoeira, mas existem passeios partindo da cidade que combinam as duas cachoeiras em um único dia.

Pak Ou Caves: nas montanhas Nam Ou, à 25 km ao norte de Luang Prabang, subindo o Rio Mekong, ficam os belos cliffs de pedra repletos de imagens de Buda do Pak Ou Caves. A maioria dos barcos que vão até lá param também em pequenos vilarejos pelo caminho, sendo uma agradável opção de passeio se estiver com mais tempo na cidade.

Quando ir

A melhor época para visitar a cidade e, consequentemente, a alta temporada, é entre os meses de novembro e fevereiro (eu mesma fui em Janeiro), época da seca e que não é tão quente quanto os meses seguintes. Além da Ponte de Bambu estar montada, e de chover menos, podemos desfrutar com mais qualidade dos passeios de natureza, que são as principais atrações de Luang Prabang.

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o que & onde comer

Comer em Luang Prabang faz parte do roteiro turístico. A culinária do país é riquíssima: sopas, peixes ensopados ou assados, carne de porco e de frango, linguiças artesanais, algas e muito leite de coco, sticky rice e chili. Não deixe de provar omok pa, peixe ensopado em folhas de bananeira e a famosa sopa de bambu. Das comidas de rua do Night Market,aos restaurantes de culinária francesa e laociana, opções não faltam na cidade. 

Utopia Bar: “Coma, beba e relaxe”: este é o lema do restaurante/bar situado em uma região privilegiada, às margens do rio Nam Khan. Espreguiçadeiras, pufes e mesinhas baixas, de madeira, estão espalhados por toda a área externa do estabelecimento, que tem decoração fantástica e preços excelentes. No cardápio: várias opções de café da manhã - com cereais, torradas francesas, omeletes e crepes; uma grande variedade de petiscos; sanduíches diversos; e pratos principais, como o regional Chicken Laap (frango desfiado, menta fresca, limão, coentro e pimentas), servido com arroz grudento. Já os que não são muito fãs da culinária do Laos podem optar por pratos como macarrão ao pesto/à carbonara ou o steak com fritas. No local, que costuma ser bem agitado à noite, também são oferecidas sessões de yoga. Para conferir a programação, e também fazer uma reserva no restaurante, é só acessar o site.

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The Apsara: o restaurante - que fica em uma localização privilegiada, às margens do Rio Nam Khan - é famoso por combinar o melhor da culinária do Laos e as de alguns países vizinhos. No cardápio, pratos deliciosos, em sua maioria preparados com ingredientes locais e frescos.

Tangor: O restaurante superaconchegante - com cardápio repleto de pratos das culinárias francesa e local - é mais uma opção existente na badalada rua Sisavangvong. Além das delícias, o estabelecimento oferece uma boa carta de vinhos e uma lista de deliciosos drinks preparados com o tradicional Lao Lao (uísque de arroz produzido no país). Mesinhas na parte de fora, onde é possível sentar-se e observar o movimento de uma das ruas mais vibrantes de Luang Prabang, completam o charme do local, que costuma ficar aberto até um pouco mais tarde.

Tamarind: o aconchegante restaurante é uma excelente pedida para aqueles que desejam conhecer a autêntica culinária do Laos. Além disso, o lugar também é uma escola de culinária, onde o aluno pode aprender a preparar pratos tradicionais como o Mok Pa (peixe com ervas cozido nas folhas da bananeira), o Laap/koy (uma salada com carne desfiada), além da especialidade da casa: capim-limão recheado com frango e ervas aromáticas. Considerado um dos melhores de Luang Prabang, tem atmosfera vibrante e localização fantástica, de frente para o rio Nam Khan. O atendimento também é excelente; todos os garçons do estabelecimento têm o maior prazer em falar sobre a gastronomia local e ajudar os clientes na escolha do prato. Oferece um delicioso set menu para duas pessoas com uma variedade muito boa de pratos típicos.

Blue Lagoon Cafe: pratos da tradicional culinária do Laos - e também de países como Suíça, França e Itália - estão presentes no cardápio deste restaurante, ideal para um jantar especial ou para aqueles que desejam variar um pouco e experimentar algo diferente da comida local. O ambiente do Blue Lagoon é mais refinado - as melhores mesas estão voltadas para um jardim -; além disso, o atendimento é excelente e os preços, bastante razoáveis.

Outras opções maravilhosas são o 3 Nagas e o Lao Lao Garden e os restaurantes mais simples da beira do rio Mekong. Não deixe de experimentar a cerveja local: Beerlao!

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O que levar

O país é quente, e olha que eu nem fui na época de temperaturas mais altas - mas também pode fazer um friozinho ao final do dia entre Novembro e Fevereiro. Como esta é a época das secas, é a mais indicada para visitar o país por não chover e ser mais fácil para visitar as atrações. Dizem que de Abril a Junho o calor é maior, chegando aos 35 graus e também é um período de maior incidência de chuvas. Sendo assim, recomendo levar:

  • Chapéu

  • Hidratante corporal

  • Shorts

  • Camisetinhas

  • Biquíni ou maiô para curtir as cachoeiras

  • Protetor solar e protetor labial sempre!

  • Sandálias rasteirinhas é o que você mais vai usar por lá. Deixe os saltos em casa!

  • Batas e vestidinhos, tudo bem fresquinho

  • Leve um casaquinho leve caso você vá na mesma época que eu fui

  • Dinheiro em mãos

  • Go pro: para usar nas cachoeiras e fazer fotos incríveis!

  • Repelente sempre, em qualquer lugar do Sudeste Asiático!

Onde se hospedar

Luang Prabang conta com ótimos hotéis boutique com spas e bons cafés, instalados em casarões indochineses tradicionais e reformados. Há também várias opções de pousadas domiciliares, assim como grandes redes de hotel - a cada ano surgem novas hospedagens por lá. Mas como vocês sabem, não curto tanto o clima de grandes hotéis, então vou indicar aqui algumas opções de hotel boutique. A melhor área para se hospedar é nos arredores do Old Quarter, que fica pertinho de tudo.

Le Sen Boutique Hotel: hotel novo, construído em 2012, conta com uma piscina moderna e uma atmosfera bem zen em estilo minimalista. Ideal para quem procura relaxar, sem grandes luxos. Há um restaurante chamado Le Sen Cuisines, bikes e lavanderia disponíveis para hóspedes, e serviço de shuttle. Fica a 15 minutos do aeroporto.

Kiridara Hotel: hotel boutique contemporâneo e elegante, com uma piscina de borda infinita e uma vista em 360 graus do Monte Phousi. Kiridara significa escadas na montanha. Há quartos com banheiras e são todos bem equipados, além do restaurante Phu Doi, que serve comidas tailandesas, laosianas e internacionais. Também fica a 15 minutos do aeroporto.

Villa Maly: possui um restaurante interno chamado Le Vetiver, que serve pratos de cozinha internacional e oferece uma ampla carta de vinhos. Na piscina, também está o Maly Bar, onde você pode pedir drinks e snacks enquanto curte um sol. Os quartos são bem equipados e a hospedagem oferece Spa e massagens. A recepção fica aberta 24h por dia e a localização é ótima, a apenas 10 minutos do aeroporto de Luang Prabang.

Para visualizar fotos e explorar outros hotéis boutique, sugiro dar uma olhada no meu site preferido de hoteis: http://boutiquehotel.me/luang-prabang-laos

Como se locomover

A pé: o centro antigo é bem pequeno - como já mencionei aqui, se baseia apenas em uma rua, a Sisavangvong, que pode ser percorrida toda a pé num passeio agradável, observando as pessoas, construções e detalhes.

Scooter: caso você esteja sozinho, em casal ou com um amigo, pode ser uma boa opção para explorar os arredores da cidade, como as cachoeiras. Lembre-se que tem que ser um pouco corajoso para não se perder - as placas são ilegíveis!

Tuk-tuk: funciona como um taxi na cidade, ideal para passeios mais distantes em grupos de até 6 pessoas. Os preços para passeios podem e devem sempre ser negociados! Caso você queira fechar algo mais seguro, sugiro um tour, que é feito em carros, ônibus ou vans.

Bike: a melhor maneira de conhecer aqueles cantinhos fora do guia, mas dentro da cidade. Muitos hotéis e pousadas oferecem uma bike como cortesia aos seus hóspedes.

Como chegar

Avião: sem dúvidas, a melhor forma de chegar à cidade. O aeroporto fica a 4km do centro e tem voos para/de Vientiane e outras cidades do Laos, além de alguns internacionais, como para BangkokCingapuraKuala Lumpur e Hong Kong. Vans levam turistas do terminal à cidade, assim como tuk-tuks.

Ônibus: da capital Vientiane costumam levar de 10 a 14 horas para percorrer os 425km; de Vang Vieng a viagem dura de 6 a 9 horas. Procure sempre os ônibus conhecidos como VIP, que oferecem mais conforto e segurança para os turistas. Além disso, as estradas do país são muito sinuosas e por isso, as viagens internas de ônibus costumam levar o dobro do tempo de uma viagem normal, então invista no conforto!

Chega a ser ridículo o tempo gasto, mas ao mesmo tempo as viagens são incríveis, à beira de precipícios e com paisagens lindíssimas! Confesso que fiquei com medo, mas me apaixonei demais pelas viagens no Laos!

A galera mais mochileira costuma fazer uma rota por terra desde a Tailândia e entrando no país por Vientiane, que é separada da Tailândia pelo Rio Mekong, mas tenha em mente que é demorado e nada confortável. No meu caso não foi muito diferente... leia abaixo:

Barco: eu comecei a minha viagem vindo da Tailândia numa travessia de barco (aventura total!). Fiz até um post contanto tudo sobre essa experiência, que foi, no mínimo um grande aprendizado - pobreza, fome e perrengues fizeram parte da viagem que durou quase um dia inteiro saindo de Chiang Mai e entrando por Luang Prabang. Leia o post aqui!

 

Informações úteis

  • Para entrar no Laos é necessário fazer na chegada ao país o visto on arrival, antes da imigração. Não esqueça de levar uma foto 3×4.

  • Não existe exigência específica de nenhuma vacina, como ocorre em outros países do Sudeste Asiático. Mas se você já tiver a vacina da Febre Amarela e da Malária, acho mais segura a visita!

  • Lembre-se que os templos são lugares sagrados, onde é proibido entrar calçado, usando camisa sem manga, shorts, saias acima do joelho e blusas sem manga, decotadas. Uma solução para os que vão desprevenidos são os sarongues, pedaços de tecidos que cobrem a parte inferior do tronco e podem ser removidos logo após a visita.

  • O Laos é um país bem barato, por isso tem se tornado o queridinho dos mochileiros. Dá para fazer uma refeição completa por 30.000 KIPs (R$12,00), uma cerveja BeerLao de 600ml por 10.000 KIPs (R$3,80). 

  • A capital do país é Vientiane, a maior cidade do país tem pouco mais de 700 mil habitantes, geralmente é uma cidade de passagem, mas para quem interessar, em um dia dá para conhecer o que mais interessa na cidade.

  • Vale levar também repelente e medicação para alergia e antisséptico. Para emergências, use o Tiger Balm, um creme que é vendido em toda Ásia e que funciona como antiinflamatório e antisséptico e custa 1 dólar.

  • A moeda oficial do Laos é o KIP e 1 real vale aproximadamente 2.637 KIPs. O Baht da Tailândia também é aceito livremente, o que é uma boa para quem vem de lá e ainda está com dinheiro tailandês sobrando no bolso.

  • A melhor moeda para levar para o Laos é o Dólar Americano, que também é aceito em muitos lugares. Cartões de crédito das principais bandeiras também são aceitos normalmente.

  • Não é proibido beber na rua, mas é considerado falta de educação grave.

  • A maioria dos hotéis tem internet wi-fi, mas a velocidade não é grande coisa, mas vamos lembrar que o Laos é um dos países mais pobres do mundo.

  • A maioria dos pratos não se come de garfo e faca, mas de garfo e colher. A colher faz a vez da faca na hora de arrumar a comida no garfo, em geral são pratos que não tem muito o que cortar, como os pratos de arroz.

  • Nunca entre na casa de alguém, nos templos e até mesmo no hotel usando sapatos. É uma das gafes mais feias que alguém pode cometer no Laos. Na porta dos hotéis, inclusive, fica um armário para deixar seus sapatos. Muitos hotéis fornecem chinelos para serem usados só dentro do quarto e áreas em comum.

  • Vá para relaxar. Recomendo no mínimo 3 noites, fiquei apenas duas e quis estender a minha estadia, mas não tive tempo para isso.

Qualquer outra dúvida, pode deixar aqui nos comentários, ok? ;)

Beijocas,
Mandzy.

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Kuang Si Waterfall: a cachoeira mais linda do Sudeste Asiático

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Kuang Si é uma atração imperdível em Luang Prabang, ou melhor, uma das mais imperdíveis em todo o mundo! Localizada a mais ou menos 30km de Luang Prabang, cidade que é hoje declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, a maneira mais fácil de se chegar lá é contratando um tuk tuk, que funciona como um táxi por lá. Fiz isso e não me arrependi! A viagem de ida e volta, contando a espera do motorista no local, custa em torno de 200.000K (mais ou menos 25 USD); além disso, a entrada na cachoeira custa 20.000K (2,50 USD).

Você pode se juntar a um grupo de 6 pessoas e dividir o preço, e combinar com o motorista um horário para sair do parque. Lembre-se de guardar o nome do motorista, placa do tuk tuk e o visual dele, pois como é um local muito turístico, há dezenas deles no estacionamento e você pode ficar super confusa! No horário combinado, vocês se encontram e retornam à cidade. Como brasileira, você pode estranhar esse esquema, mas pode confiar que funciona! Na volta, você ainda pode curtir um por do sol incrível na "estrada" enquanto observa as inúmeras plantações e vilarejos de habitantes locais.

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MINHA EXPERIÊNCIA

Contratamos o tuk tuk e chegamos no local, já na parte da tarde, depois do almoço. Minha recomendação é que você vá de manhã cedo para evitar as multidões de turistas e conseguir fazer boas fotos, além de dar uma olhada na feirinha de produtos locais logo na entrada do parque. Chegando à tarde, fiz o passeio com mais pressa, mas mesmo assim foi incrível e deu para curtir bastante!

O azul turquesa e a água cristalina dessa cachoeira são inacreditáveis. Se você já acha linda por foto, espere até chegar lá: parece coisa de outro planeta! Não que a gente não tenha belezas naturais no Brasil, mas a grandiosidade da Kuang Si só pode ser mensurada in loco. Para compor o cenário, pedras calcárias quase brancas e a vegetação ao redor, além de pontes que parecem de contos de fada, dão o toque final.

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Com essa água super convidativa, é claro que eu e minha companheira de viagens, a Ana, não podíamos deixar de dar uns bons mergulhos! Fomos de biquíni (muita gente visita a cachoeira pensando em não pular na água, mas como já estávamos lá nesse paraíso, e o mergulho (ainda) é permitido, não podíamos deixar essa chance escapar. Concorda?

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A água é gelada? Sim. Muita gente entra? Não. As pessoas ficam olhando? Sim, demais! Ficamos nos sentindo como ET's depois que entramos e observamos que estavam todos olhando para nós. Será que era por sermos corajosas, bonitas ou ocidentais? Rs! Só sei que valeu muito a pena. Um mergulho numa cachoeira já é uma renovação de alma, agora imagina na Kuang Si, esse lugar abençoado com tanta espiritualidade? 

O PERCURSO

Quando você passa da entrada do parque, você se depara com um pequeno centro de reabilitação de Ursos Himalaios resgatados de cativeiro - não fazíamos ideia! Essa parte é conhecida como Free the Bears (liberte os ursos), onde há hohe 23 ursos-negros-asiáticos. Dizem que a maioria chegou ao centro ainda pequena, resgatada pelo governo local da caça e do comércio ilegal. Essa parte é interessante pois você consegue visualizar os animais bem de perto. E vamos combinar que para nós, brasileiros, os ursos são bem distantes, né? O lugar é fresco, cheio de árvores e informações e também vendas de produtos em apoio ao projeto. Vale a pena conferir!

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Continuando o percurso em direção à cachoeira - você basicamente segue os outros turistas, não há como se perder! - você começa a avistar a água azul clara dos lagos formados pela queda d'água. A queda em si você só vê mais para frente. Essa parte é ótima para fotografar e mergulhar, pois é bem rasa, tipo uma piscininha mesmo. Aproveite!

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Subindo mais um pouco pela trilha, você começa a ver algumas quedas pequenas. Dá para arriscar alguns pulos e se divertir um pouco mais. Depois, você sai da água, se enrola numa toalha ou canga e continua a caminhada até o ponto mais impressionante, que é a cascata azul de 60 metros de altura. Surrealmente linda! Essa parte já é fechada para banho, mas você consegue admirar bastante a cena, embora nas fotos não seja a mesma coisa. 

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Você ainda pode fazer uma trilha que leva até o topo dessa cachoeira, e de lá ter uma vista de cima de toda a queda d'água, mas como comentei, acabamos indo na parte da tarde e não tivemos tempo para fazer essa trilha, pois o parque iria fechar em breve. Resumindo, tivemos que ir embora, mas o passeio valeu por cada segundo, desde o tuk tuk até o momento de retornar ao hotel. É realmente imperdível! Mesmo com bastante turista por ali, a cachoeira é passeio imperdível em Luang Prabang. 

Dicas

• Caso você tenha tempo sobrando, há outra cachoeira de cor tão bonita quanto, que é menos explorada por turistas. Ela se chama Tad Sae Waterfall e fica próxima dali. Nela, você ainda pode nadar e dar banho em elefantes! Não consegui fazer esse passeio, mas já indico! Deve ser demais!

• Não esqueça de levar uma mochila com água, sapatos apropriados caso queira fazer a trilha.

• Toalha ou canga para se enxugar, repelente, um pente de cabelo e até mesmo uma muda de roupa e sabonete, caso queira tomar banho. Há vestiários com chuveiro no parque.

• Leve também frutas ou sanduíche para o caso de sentir fome, principalmente no trajeto de ida ou volta, que dura cerca de 50 minutos. Lá dentro do parque há um restaurante, e também há mesas de madeira para piqueniques. Do lado de fora há barraquinhas simplórias que vendem biscoitos e bebidas.

Kuang Si Waterfall
29km ao sul de Luang Prabang
Aberto todos os dias das 8h às 17:30
Entrada: 20.000 KIP (aprox. 2,50 em dólar)

Gostou da dica de hoje? Comenta aqui! Já foi? Comenta aqui! Tem vontade de ir? Comenta também! Quero saber o que acharam desse lugar mágico!

Beijocas,
Mandzy.

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Sudeste Asiático: dicas e roteiro de 3 meses por 5 países

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Ultimamente muitos amigos e conhecidos estão com viagens planejadas ou se planejando para viajar pelo sudeste da Ásia e me procuram para pedir dicas. Quem me conhece sabe que eu amo falar sobre minhas viagens e experiências por cada lugar que passei, faço isso com a maior alegria! :)

Mas nada melhor do que deixar tudo registrado aqui para que todos tenham acesso, certo? Por isso, resolvi me planejar para contar um pouquinho por dia sobre cada lugar, mostrando meus roteiros, fotos e dicas. Espero que gostem e aproveitem da melhor forma e fiquem ligados por aqui nas próximas semanas!

Travessia Tailândia - Laos

Travessia Tailândia - Laos

Hoje vou começar com um resumo da minha viagem que durou 3 meses. Sim, foram 3 meses intensos e não consegui conhecer muitos dos países que gostaria... Por isso, minha primeira dica é: não adianta se empolgar e separar 1 mês de férias no trabalho para conhecer todo o sudeste asiático. Eu sei que muitos pensam "já que estou indo para o outro lado do mundo, vou aproveitar para conhecer tudo!". Mas acreditem, viajar para a Ásia não é a coisa mais difícil do mundo e você terá outras oportunidades de voltar.

Sim, são muitas e muitas dúvidas... Alguns têm medo, outros não têm dinheiro ou tempo suficiente, mas sempre há uma forma de ir. E eu super incentivo isso, porque essa é uma viagem de grandes trocas e aprendizados, principalmente se você vai com a cabeça aberta para isso.

TRANSFER DE AONANG BEACH (KRABI) PARA O PORTO

TRANSFER DE AONANG BEACH (KRABI) PARA O PORTO

Roteiro

Vamos então ao meu roteiro, já na ordem: 

23 dias na Indonésia (Bali e Lombok)

01 dia na Malásia (Kuala Lampur - conexão)

30 dias na Tailândia (Norte a Sul)

07 dias no Laos (Norte a Sul)

08 dias no Cambodia (Norte a Sul)

Os países que pretendia conhecer mas não consegui foram: Vietnã, MyanmarFilipinas e Singapura. Esses 4 estão na lista para a próxima! Mas como fiz a viagem sem rumo, o que veio acabou sendo lucro e fiquei satisfeita pois conheci muito bem todos os países, com exceção da Malásia.

Dicas

Não vá achando que todos os países são iguais, porque não são. Cada um tem suas particularidades, suas histórias, suas comidas típicas, suas moradias típicas, seu jeito de tratar o turista... enfim, são diferentes povos, culturas, nações. Prepare-se para viver experiências únicas que você nunca viveria no Brasil. Mas fique esperto como se estivesse no Brasil, porque a gente nunca sabe o que pode encontrar pelo caminho...

Tenha sempre uma certa quantia de dinheiro em espécie com você, pois alguns locais não aceitam cartão e outros não possuem máquinas de saque. Além disso, ao entrar em alguns países, você precisa pagar o visto na hora. Algumas vezes vale ter dólar (eles sempre aceitam), pois provavelmente você ainda não terá sacado o dinheiro local. Essas dicas valem mais para quem cruza as fronteiras por terra ou mar, já que de avião é sempre mais fácil, né gente?

Outra coisa, procure treinar o inglês para se virar por lá, pois a comunicação pode ser bem difícil! Se não for com alguém que fale inglês, se comunicar por gestos agrava a situação! Procure também aprender as palavras básicas na língua de cada país como por favor, obrigada, quanto custa, para que serve, como faço, aonde fica, essas expressões que você vai precisar usar em perguntas quando ficar perdido. E já adianto, você vai ficar perdido alguma vez, mesmo com a ajuda de mapas! Mas não se desespere...Tente rir da situação e pensar que depois terá muita história para contar.

O ideal é sempre ter um roteiro planejado e bem definido com hotéis já agendados, mas se você for como eu, deixando para fechar tudo na hora, também não terá grandes problemas - sempre conhecerá alguém pelo caminho que te dará dicas preciosas. Última dica: deixe um pouco o medo de lado e relaxe, pois em vários momentos você terá que entregar sua mala nas mãos de alguém que nunca viu ou pegar um tuk tuk em saber se o motorista é confiável. FIque sempre atento, é claro, mas acima de tudo, relaxe e curta o passeio! No fim, tudo dá certo!

Gostaram das dicas? O que mais vocês gostariam de saber?

Amanhã vou começar a postar sobre cada lugar que passei! :)

Beijocas,
Mandzy.

 

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