Plitvice Lakes: dicas para visitar o parque mais famoso da Croácia
/Quando fechei minha viagem para a Croácia, já havia visto inúmeras fotos do Parque Nacional Plitvice Lakes na internet. Lembro que pensava: não é possível que exista um lugar tão lindo assim no mundo!
Agora pasmem: o parque é muito mais impressionante ao vivo do que nas fotos. Sua grandiosidade, a quantidade de lagos e cachoeiras e a cor das águas tão cristalinas foram os motivos que me fizeram ficar apaixonada por esse lugar chamado Plitvice Lakes.
Nesse post você vai saber um pouco mais sobre o parque, sob o meu ponto de vista, além de dicas super importantes para não cair em furada.
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Sobre o parque
O Parque Nacional Plitvice Lakes fica localizado no norte da Croácia, entre as cidades de Zagreb e Zadar, que são outros dois destinos turísticos que você deve visitar. É uma das atrações mais visitada do país, principalmente por ter entrado para a lista de Patrimônio Natural da Humanidade da UNESCO em 1979.
Mas se você caiu de paraquedas nesse post e não sabe do que se trata, eu te explico: o Parque Plitvice possui 16 lagos de cor azul conectados por inúmeras cachoeiras, com uma extensão de quase 300 quilômetros quadrados. O mais impactante é a cor da água, cristalina, que vai do azul ao verde passando por todas as variações.
Também chamado de Plitvicka Jezera em croata, o Parque dos Lagos Plitvice é o maior dos 8 Parques Nacionais que existem na Croácia, alguns deles não muito explorados. Além do Plitvice, o segundo parque mais famoso é o Krka National Park, onde você pode mergulhar nas águas cristalinas.
Aliás, a primeira coisa que você deve saber antes de visitar Plitvice é que apesar da quantidade de lagos, não é permitido mergulhar em nenhum momento do passeio. A segunda coisa que deve saber é que faz frio na região, principalmente com o cair da noite, mesmo no verão! Eu, por exemplo fui em julho e não tinha roupa adequada… então se prepare!
Como chegar
Você pode chegar no Parque Plitvice Lakes a partir do Norte ou do Sul do país. De qualquer forma, é importante saber que o parque não fica muito próximo a nenhuma grande cidade, então aí está mais um motivo para você fazer um planejamento prévio para visitar esse ponto turístico.
Você tem duas opções: chegar de carro ou de ônibus, não há trens ou aeroporto por lá. Caso queira passar uma noite pela região, o que eu super indico para que você consiga visitar o parque com mais calma, o ideal é ir de carro mesmo. A cidade é pequena, mas não há transporte público e você vai precisar se deslocar de alguma forma para ir jantar ou para comprar algo no mercado, por exemplo.
Tome cuidado com os guardinhas pega-turista que ficam atrás das curvas aplicando multas por velocidade. Muito comum na Croácia levar uma multa deles, muitas vezes a preços bem altos! Li relatos que eles também ficam pela região de Plitvice, e caso aconteça com você, tente negociar o valor!
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Já a viagem de ônibus tem duração de 2h a 3h saindo de Zagreb ou Zadar. Procure a Get by Bus, que tem saídas diárias e várias opções de horário de ambas as cidades. As passagens podem ser compradas online ou na hora, de acordo com a disponibilidade. Fique só atenta aos horários da volta para não perder o último ônibus caso não queira dormir na região.
Algumas pessoas fazem dois dias de passeio pelo parque, mas sinceramente, não vejo necessidade. Ah, e vou falar um pouco mais sobre as rotas de passeio mais pra frente nesse post, pois isso muda toda a experiência!
Nós chegamos na Croácia por Zagreb, a capital, e alugamos um carro no aeroporto com o objetivo de já seguir para uma cidade próxima aos lagos, onde nos hospedamos. Passamos pelo centro de Zagreb apenas para trocar dinheiro, pois estávamos com euros e precisávamos de kunas, a moeda local.
Não se esqueça de chegar no parque com kunas, pois mesmo tendo uma cabine de troca de dinheiro dentro do parque, você pode precisar até chegar lá para pagar pedágios e estacionamentos, por exemplo.
Ingressos
O parque possui duas entradas e dois estacionamentos, nos seus dois extremos. Na teoria, o parque abre todos os dias, inclusive domingos e feriados, mas os horários variam de acordo com a época do ano, podendo ter épocas que ele não abre por semanas.
Você pode comprar os ingressos lá na hora mesmo, como eu fiz, ou pela internet, para um ou dois dias. O preço também varia conforme a época do ano. Uma coisa importante é que a compra de ingressos online só é liberada com dois dias de antecedência.
Eu deixei pra comprar na hora mesmo. Chegamos por volta das 10:30 e conseguimos comprar para entrar ao meio-dia, já que eles liberam de acordo com a lotação, por horários.
No final das contas foi ótimo pois aproveitei a espera para almoçar um hamburguer com batata frita. Mal sabia eu que não tinha muita opção lá dentro, e que se não tivesse comido nessa hora só iria comer umas 3 horas depois.
Quando você faz a compra pela internet, você já tem um horário certo para entrar, por isso não compramos com antecedência, não sabíamos como seria para chegar lá. Quem compra online recebe o ingresso no e-mail e pode imprimir ou validar a entrada na bilheteria.
Ou seja, a compra online ou na hora tem seus prós e contras, cabe a você identificar qual faz mais sentido para você. Meu relato foi de compra na hora durante um dia de semana de verão, com uma fila relativamente pequena na bilheteria apesar de o parque estar cheio.
Roteiro
Logo na entrada do parque você vai receber um mapa com as diversas trilhas possíveis de serem percorridas com a duração de cada uma. Nós escolhemos fazer a mais longa para conhecer a maior parte do parque, com duração aproximada de 6 horas.
Pelos relatos, achamos essa trilha, a de letra H, a mais bem aproveitada. No final das contas, andamos uns 8 quilômetros no total, parando para tirar fotos e andando em ritmo bem lento. Então foi bem tranquilo, apesar de ficarmos cansadas no final. Entramos 12:30 e saímos umas 19:30, perto do horário de fechar.
A caminhada dentro do parque é fácil e bem sinalizada com placas, mesmo nos caminhos mais longos, como é o caso da trilha H. Vi relatos de pessoas que se perderam, mas no meu caso fomos seguindo o fluxo e não tivemos problema. Praticamente todo o percurso é sobre caminhos de terra ou de madeira.
Basicamente, o parque se divide em Upper Lakes e Lower Lakes. Se tiver com o tempo contado, escolha as trilhas do Lower Lakes, que são mais bonitas, na Trilha H você vai fazer as duas partes e vai terminar na ‘Great Waterfall’.
Os roteiros sugeridos estão no site oficial. É bom entender a trilha antes de começar porque no caminho você não deve encontrar nenhum funcionário.
Ao longo do passeio você vai usar os meios de transporte internos para agilizar sua visita. Na trilha H você pode usar tanto os trens panorâmicos quanto os barcos elétricos que cruzam o Lago Kozjak, na metade da visita. Você só precisa apresentar seu bilhete para poder entrar gratuitamente em qualquer um deles.
As estações de trem ficam próximas às entradas e tem mais uma ao sul do parque, sendo 3 no total (ST1, ST2 e ST3). Já o barco para em três piers (P1, P2 e P3). No inverno o serviço do trem e do barco é interrompido, ainda assim é possível fazer tudo a pé, mas acredito que seja muito mais cansativo.
Como estava hospedada na região e sem preocupação com horário, fiz a trilha mais longa e não me arrependi. Andei todo o percurso sem problema, peguei o barquinho, o trenzinho tudo o que tinha direito, a tarde estava linda e na saída ainda nos deparamos com a lua cheia nascendo, o que foi demais!
Paramos para jantar uma massa no caminho e logo depois descobrimos que se tratava de um eclipse e por isso a lua estava tão gigante e brilhante. Foi uma surpresa surreal pra fechar o dia de passeio da melhor forma!
Quando ir
Como o parque é todo a céu aberto, sugiro escolher dias com previsão de sol. A vantagem do ingresso ser vendido apenas com dois dias de antecedência é que você consegue ter uma ideia de como vai estar o clima no dia. Quando já estava lá na Croácia descobri o quanto era frio na região dos lados, mesmo no verão.
Eu evitaria meses de inverno e períodos de chuva, e acredito que a meia estação seja a melhor época para visitá-lo, tanto na primavera quanto no outono. Numa meia estação deve ser bem mais frio pois você fica muito tempo na sombra das árvores, sabe? No inverno então, eu nem sei!
Dizem que o parque e os hoteis da região passam algumas semanas sem abrir no inverno, além de lagos ficarem congelados e árvores branquinhas de neve. Só existe acesso aos lagos baixos, não aos altos e os trens panorâmicos também não operam neste período do ano, então é preciso fazer todo o trajeto a pé. Já ouvi a possibilidade de praticar ski no parque, mas não tenho certeza se essa informação ainda procede.
Não me arrependo de ter ido no verão. Apesar de o parque estar cheio, isso não chegou a atrapalhar, e o frio que senti era bem pontual e por isso minha jaqueta jeans deu conta. Mas tente evitar os finais de semana. Dizem que fica bem mais cheio!
Onde se hospedar
Sugiro fortemente se hospedar nos arredores do parque para que você já acorde na cidade e use a noite como uma parada para descanso. Acabei ficando apenas uma noite por conta do tempo que tinha de viagem, mas já foi ótimo para recarregar as energias. A gente sabe que viagem também cansa, né?
Caso queira visitar o parque em dois dias, sugiro também duas noites de hospedagem. O mais legal é que você vai conhecer melhor a serra da Croácia, que não é tão procurada quanto as praias, a não ser pelo parque Plitvice Lakes.
Você tem duas opções: se hospedar dentro do parque a preços mais caros ou nas cidades vizinhas, que podem estar a cerca de 30 minutos de distância do parque, com preços mais baratos.
Existem três hotéis que ficam dentro do parque: Hotel Jezero, Hotel Bellevue e Hotel Plitvice. De todos eles você consegue caminhar tranquilamente até a entrada 2, não precisando usar o carro. Veja a minha listinha de sugestões:
• Hotel Jezero: é o mais luxuoso e tradicional do parque, e também com melhor localização. Ele está a apenas 300 metros da entrada 2 do parque. O hotel oferece quartos e suítes, dois restaurantes, spa e centro de bem-estar com piscina, academia, sauna e banheira de hidromassagem. Além disso, é o único que fica aberto dentro do parque durante o inverno! Para mais informações ou reservas, clique aqui, lembrando que os quartos esgotam rápido!
• Hotel Bellevue: é um pouco mais antigo e menos luxuoso, mas igualmente próximo do parque. Para mais informações ou reservas, clique aqui.
• Hotel Plitvice: construído em 1958. Para mais informações ou reservas, clique aqui.
• Hotel Grabovac: fica a 10 minutos de distância e oferece transporte gratuito para os hóspedes até o parque
Para quem não se importa de caminhar um pouco até a entrada dos lagos, é possível encontrar acomodações próximas por preços bem mais interessantes:
• House Ivan: fica a apenas 800 metros de distância da entrada 1 do parque e a 500 metros da vila de Rastovaca, que conta com um minimercado e um restaurante. Os quartos são privativos e contam com vista para as montanhas.
Não estenda muito a estada em Plitvice. A não ser que queira descansar, não há muito o que fazer na cidade além dos lagos.
Dicas finais
• Leve casaco pois pode fazer frio mesmo no verão
• Leve garrafinhas d’água pois não é fácil encontrar quiosques é a metade do parque, assim como banheiros
• Protetor labial para hidratar os lábios e hidratante para as mãos também são válidos
• Vá com sapato confortável. Indico tênis ou botinha para trilhas no estilo Timberland
• Vegetarianas e veganas podem ter dificuldades para se alimentar por lá. Indico levar algum lanche
• Leve câmera, go pro, celular. Você vai querer registrar cada segundo das belezas que vai encontrar
• Pesquise o clima e os horários de funcionamento antes de ir
• Reserve o seu hotel ou ônibus com antecedência pois podem lotar
• Leve dinheiro em espécie
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Beijocas,
Mandzy.